domingo, 25 de março de 2012

TEXTOS INTERESSANTES SOBRE PRÁTICA COMPULSIVA

REALIZANDO UMA PESQUISA NA INTERNET SELECIONEI ESTES TRÊS TEXTOS, QUE ABORDAM O TEMA.
PARABÉNS AOS AUTORES.
NELE ESTÃO A FONTES.
SE ENCONTRAREM MAIS ME ENVIEM, POIS ESTE TEMA PRECISA SER BASTANTE DIFUNDIDO.

Texto 1: Atividade Física Excessiva -- Fonte: http://boa.alimentacao.vilabol.uol.com.br/nutricao7.htm

Na atualidade não há dúvidas sobre os benefícios fisiológicos e psicológicos da atividade física, mas a combinação da auto-inanição (dietas restritivas e hipocalóricas) com o exercício físico em excesso em nome de melhorar a saúde é um paradoxo. O exercício compulsivo ou “compulsive exercise”, ocorre de forma irracional, apresentando padrões e comportamentos de atividade física inadequados devido aos seguintes fatores:

•preocupação excessiva com o próprio corpo ou dismorfia;
•insatisfação e distorção da imagem corporal, ou dismorfofobia;
•necessidade de compensar “prováveis abusos alimentares” ou sobrepujar a ansiedade decorrente da insatisfação com o próprio corpo.
O exercício compulsivo aparece muitas vezes relacionado aos Transtornos Alimentares (quadros de Anorexia e Bulimia), como um sintoma destes transtornos ou como seus precursores. O chamado “compulsive exercise” pode aparecer então em qualquer um dos casos; na literatura ele é descrito em 4 modelos básicos (EISLER e GRANJE, 1990):
•“Obligatory runner” ou corredores compulsivos: indivíduos que correm regularmente mais de 80Km por semana e freqüentemente apresentam algum tipo de Transtorno Alimentar.São caracterizados pela insistência na prática diária da corrida, como se sua vida dependesse disso; apresentam sintomas de irritabilidade, ansiedade e depressão quando não praticam atividade física. A fadiga física e a perda de interesse por outras atividades e relações pessoais, também são comuns; mas, costumam manter a atividade física mesmo contra recomendações médicas e sociais.

•Exercício físico em excesso como um sintoma do Transtorno Alimentar, mais freqüente na Anorexia Nervosa. Estes indivíduos compulsivos por exercícios físicos apresentam menor número de episódios bulímicos e uso de laxantes ou indução de vômito, mas usam a atividade física como uma troca de compensação, ou uma auto-punição ou ainda, como uma atitude compulsiva. O exercício físico aparece como uma estratégia para perda de peso instantânea e infinita, como resultado de uma insatisfação com a imagem corporal, ou seja, o modo de sentir o peso, o tamanho e a forma corporal.

•Transtornos Alimentares induzidos por exercícios excessivos. Podem aparecer por uma resposta hormonal do bem-estar trazida pelo exercício, já que altos níveis de atividade física provocam uma redução na ingestão alimentar, que por sua vez gera uma hiperatividade por alterações no metabolismo hipotalâmico de serotonina, dopamina e norepinefrina, iniciando um ciclo anoréxico. Podem também ser desencadeados pelo uso de dietas restritivas para melhorar a performance e forma física sem limites.

•Transtornos Alimentares e exercícios físicos excessivos relacionados a outros transtornos psiquiátricos (doenças afetivas, depressão, doença afetiva bipolar). .Dentre as alterações apresentadas no quadro dos Transtornos Alimentares, a distorção da imagem corporal é fenômeno importante na gênese dos outros sintomas; a prática do exercício utilizada para manutenção ou perda de peso pode ocupar lugar dominante nesta estratégia; daí a necessidade da abordagem adequada do esportista e do atleta e da razão de sua prática de atividade física (BEUMONT e col, 1984).
De qualquer forma, ainda não existe um consenso, alguns autores afirmam que o exercício compulsivo é mais um sintoma dos Transtornos Alimentares (VEALE, 1987), enquanto outros sugerem que é uma variante mais freqüente no sexo masculino (YATES e col, 1983). VEALE (1987) propôs dois níveis de dependência da atividade física: a “dependência do exercício primária” acometeria principalmente atletas e neste caso a perda de peso não seria o objetivo único, pois comprometeria o desempenho do atleta; neste caso, não existiria uma preocupação mórbida e exagerada com o peso e nem a distorção de imagem corporal. .Esta classificação não exclui o fato de que muitos atletas podem apresentar Transtornos Alimentares, constituindo-se em grupo de risco para o desenvolvimento destas doenças. Já na “dependência do exercício secundária”, a atividade física teria como principal objetivo à perda de peso, com a distorção de imagem corporal e a preocupação mórbida com o peso. Por ser vista como uma atividade “saudável”, se comparada ao hábito de vomitar ou usar laxantes e diuréticos, a atividade física dificilmente é percebida como excessiva, mas tem seus prejuízos implicando em lesões musculares e articulares. Podem ocorrer também problemas de convivência social, à medida que compromissos sociais e profissionais são substituídos por sessões prolongadas de atividade física, geralmente de forma obsessiva e compulsiva.




Texto 2: COMPULSÃO POR EXERCÍCIOS FÍSICOS
Fonte: http://www.efdeportes.com/efd119/compulsao-e-exercicio-fisico.htm


Introdução

A grande promoção da saúde, de qualidade de vida e a da estética perfeita que vem sendo explorada cada vez mais pelas academias de ginástica em todo Brasil através dos mais diversos exercícios físicos tem se tornado um problema, ou seja, passa a ser algo que afeta de alguma forma a saúde de quem o pratica de forma compulsiva podendo ser classificado como Vigorexia ou Transtorno Dismórfico Corporal. Assunção (2002) afirma que os indivíduos acometidos com esta sensação passam a ter uma importante limitação de atividades diárias, dedicando muitas horas a levantamento de peso e dietas para hipertrofia.
No caso da Vigorexia seria como uma anorexia nervosa reversa como retratam Oliveira & Araújo (2004). Para estes autores esta complicação atingiria na sua maioria homens que tem a distorção específica da auto-imagem corporal. Mulheres também são atingidas, porém com menor freqüência. Tendo em vista este problema, uma maior conscientização poderia ajudar às pessoas que talvez tenham sido ou estão sendo acometidas por tal distúrbio. Sendo assim a conscientização dos profissionais da área de Educação Física que convivem com os alunos nesta situação compulsiva da busca de um corpo esteticamente perfeito e aceitável pela sociedade poderiam atuar como interventores no sentido de agir pedagogicamente informando-lhes os possíveis riscos para com a qualidade de vida (Garcia, 2005a).
Apesar de se constituir um problema para o Educador Físico esta problemática não tem levantado muita atenção por parte das pesquisas científicas no Brasil, sobretudo na Educação Física. Sendo um problema dos tempos modernos que mexe com a qualidade de vida das pessoas, deveria receber mais atenção por parte da comunidade científica. Os professores de Educação Física que trabalham e lidam diariamente com pessoas com Vigorexia precisam estar informados a respeito deste assunto, pois de alguma forma terão que saber lidar com tal problema se é que realmente querem desempenhar sua função que é de educar, orientar a quem procura uma academia (Rabelo & Garcia, 2006 no prelo). Desta forma o objetivo deste trabalho se constituiu em verificar índices de ocorrência de uma possível Vigorexia entre freqüentadores de academias de ginástica da grande São Paulo, bem como identificar os diversos nomes que são dados a esse problema.


O exercício físico e suas possíveis discussões em torno do problema

A preocupação com a estética corporal e o reconhecimento pela população da importância do exercício físico têm levado as pessoas a procurarem as academias de ginástica e musculação tornando estes, um dos locais mais populares e mais procurados para se conseguir tais objetivos (Antunes, 2003). Tahara & Silva (2003) também explicam que a procura dos exercícios físicos tem impulsionado muitas pessoas a usufruírem tanto das instalações desportivas convencionais como também dos espaços naturais, ao ar livre.
Segundo Fiamoncini & Fiamoncini (2003) o termo Saúde/Qualidade de vida está inserido no âmbito do bem-estar físico, psíquico, espiritual, moral, social, econômico, entre outros. Ainda estamos longe do ideal desejado se observarmos a vida que o homem leva comparando com os termos de saúde e qualidade de vida pretendida. Principalmente para pessoas com poucos recursos para realização de exercícios físicos de forma regular (Garcia, 2005a).
Para Shin & Johnson citado por Fontoura e col (2002) a qualidade de vida consiste na aquisição dos recursos necessários para a satisfação das necessidades e desejos individuais, a participação em atividades que permitem o desenvolvimento pessoal, a auto-realização e a possibilidade de uma comparação satisfatória entre si mesmo e os outros. Assim, vemos que a qualidade de vida não é apenas praticar algum exercício físico e sim estar envolvido com a cultura, a diversão, a opinião crítica e satisfação pessoal. Por outro lado à saúde, assim como a qualidade de vida tem seus conceitos banalizados e reduzidos por boa parte da literatura, e até por parte do corpo acadêmico.
Apesar deste modismo Lovisolo (1998) adverte que há vozes significativas que afirmam que o aumento da aptidão física não se correlaciona positivamente com o aumento de saúde. Segundo os autores Palma e Mira que questionam “se, de fato, o exercício físico seria um gerador de saúde, ou se os diversos fatores determinantes do estado de saúde (por exemplo, nível de renda) é que conduziriam as pessoas à prática do exercício?” (Estevão & Bagrichevsky, 2004, p. 17). Além dessa duvida, há um problema na busca incessante pelo corpo perfeito que gera transtornos que podem ser e geralmente são de caráter psicológico (Garcia, 2005b).
Em termos gerais as alterações de imagem corporal no sexo masculino são quadros relativamente comuns e diferem do padrão de distorção feminino. Em uma pesquisa feita por Tahara & Silva (2003) foi constatado que a maioria dos sujeitos pesquisados tem uma grande preocupação com a estética corporal, talvez pela forte influência da mídia atual, impondo corpos malhados e sarados como únicos na conquista de mais saúde.
Juntamente com o culto ao corpo perfeito, aparecem os esteróides anabolizantes e drogas em geral para se obter melhores resultados da performance física e da estética, o que tem atingido não só os atletas mas também os praticantes de modalidades não olímpicas (Chiesa, 2004).
Bortoli & Bortoli (2003) também citam em seu artigo que a indústria farmacêutica está cada vez mais produzindo substâncias com o objetivo de transformar as pessoas em maquinas perfeitas, porém quase sempre a base de esteróides anabolizantes. Seria na homogeneização dos objetivos estéticos e de saúde que entraria o profissional de Educação Física, tendo como seu grande desafio, promover e conscientizar as pessoas para que fosse possível garantirmos uma sociedade bem mais informada. Talvez, dessa forma, os indícios de problemas que cada dia surgem pelo excesso de exercício, culto exagerado ao corpo e suas implicações não estariam crescendo da forma que vem sendo visto.
A compulsão por exercícios vem sendo estudada desde 1970, daí surgiram os vários termos como positive addiction, negative addiction, compulsive jogging, dependência do exercício (Rosa e col, 2003). Ballone (2004) define a dependência ao exercício também chamado de Vigorexia como sendo um transtorno onde as pessoas realizam práticas desportivas de forma contínua, e uma valorização praticamente religiosa e até fanática.
Já Dismorfia Muscular (DISMUS) é definida por Oliveira & Araújo (2004) como uma síndrome psiquiátrica que atinge indivíduos de ambos os sexos com maior prevalência entre os homens, onde o indivíduo percebe seu corpo como pequeno e franzino, quando na verdade é forte e musculoso. Além de estar associada a prejuízos sociais, ocupacionais, recreativos e em outras áreas do funcionamento do indivíduo, a dismorfia muscular é também um fator de risco para o abuso de esteróides anabolizantes (Assunção, 2002).


Considerações finais

O objetivo desse trabalho foi verificar índices de ocorrência de uma possível compulsão por exercícios e identificar alguns nomes dados a esse problema. Considerando que os alunos praticantes regulares dos exercícios poderiam ter omitido algumas informações, espera se que outros estudos investiguem outros alunos sem a indicação dos professores.
Como podemos observar através do nosso instrumento muitas pessoas podem apresentam características associadas ao problema da compulsão por exercícios físicos, formando grupos de risco consideravelmente grandes se somados os resultados mais relevantes de cada questão que foi analisada. Porém espere-se que pesquisas futuras possam continuar a esclarecer melhor essa problemática para que se possa colaborar na atuação pedagógica entre Educadores Físicos.







Texto 3: Vigorexia: Quando O Exercício Físico Vira Doença
Professor: Edson Silva


Há muito tempo que a ciência fisiológica tem comprovado os vários benefícios da prática do exercício físico sistemático, inclusive com recomendações de organismos científicos internacionais.
Estudos no âmbito das neurociências têm indicado, até mesmo, sua prática como componente importante no tratamento de doenças psiquiátricas.
Entretanto, a prática compulsiva de exercícios físicos assinala um dos transtornos de crescente incidência na sociedade contemporânea, a vigorexia. Denominada em 1993 de Síndrome de Adônis pelo pesquisador da Universidade de Harvard, Harrison G. Pope, esta é caracterizada pela preocupação excessiva com a aparência corporal. O vigoréxico nunca está satisfeito com as proporções corporais que possui, procura, constantemente, a perfeição corporal, que acredita, conseguirá na prática obsessiva do exercício físico.
Algumas hipóteses têm sido levantadas para explicar a vigorexia, porém, por se tratar de um fenômeno recente, estas ainda estão sendo estudadas. Uma das possíveis causas propostas é a que liga o vício do exercício físico ao prazer que a b-endorfina causaria nestes indivíduos. Neurotransmissor responsável pela sensação de analgesia, bem-estar e euforia, este também é liberado quando da prática de exercícios físicos.
Estudos apontam uma prevalência da Vigorexia sobre o sexo masculino, afetando geralmente homens dos 18 aos 35 anos, entretanto mulheres também podem ser acometidas. Vários fatores aparecem na literatura como possíveis responsáveis por este transtorno, entre os quais estão os fisiológicos, os emocionais e até mesmo os de influência midiática.

segunda-feira, 19 de março de 2012

JOGOS POPULARES DO RIO DE JANEIRO



EXEMPLOS DE BRINCADEIRAS DO RIO DE JANEIRO

1. ADEDANHA
2. AMARELINHA
3. ALERTA
4. BANDEIRINHA
5. BATATINHA FRITA UM DOIS TRÊS
6. BOCA DO FORNO OU BENTE QUE BENTE Ó FRADE
7. CARNIÇA
8. CHICOTINHO OU CHICOTINHO QUEIMADO
9. COBRA-CEGA
10. COELHINHO NA TOCA
11. GARRAFÃO
12. GATO MIA
13. GOL A GOL
14. JOÃO BOBO
15. JOGO DO TACO
16. JOGO DA VELHA
17. MÃE DA RUA
18. MAMÃE POSSO IR?
19. MORTO E VIVO
20. PAI JOÃO
21. PASSA ANEL
22. PASSARAIO
23. PEGA O LENÇO
24. PERA, UVA, MAÇA
25. PETECA
26. PINTINHOS
27. PULAR CARNIÇA
28. PULAR CORDA
29. QUATRO CANTOS
30. QUEIMADO
31. SALTAR ELÁSTICO
32. SEU LOBO TAÍ
33. TELEFONE DE LATA
34. TRÊS MARIAS OU CINCO MARIAS

SITES:
Portal do professor
Wikipédia
Folclore online
Tialay.blogspot.com
http://educacaofisicafoz.do.comunidades.net

quinta-feira, 8 de março de 2012

APOSTILA TEMA JOGOS

A - INTRODUÇÃO

“A Atividade lúdica, representada por jogos e brincadeiras, pode desenvolver o aprendizado dos alunos dentro da sala de aula: o lúdico se apresenta como uma ferramenta de ensino para o desempenho e desenvolvimento integral dos alunos, com o auxilio da educação física (EF).
O jogo na escola traz benefícios a todas as crianças, proporcionando momentos únicos de alegria, diversão, comprometimento com o aprender e responsabilidade.
A ludicidade é uma necessidade na vida do ser humano em todas as idades; e não deve ser vista apenas como diversão ou momentos de prazer, mas momentos de desenvolver a criatividade, a socialização com o próximo, o raciocínio, a coordenação motora, os domínios cognitivos, afetivos e psicomotores.
Assim sendo, as aulas de EF não precisam ser desenvolvidas somente na quadra, mas dentro da sala de aula, no aprendizado integrado às outras disciplinas, usando a interdisciplinaridade, trabalhar a prática com a teoria, desenvolvendo as inteligências múltiplas e a participação efetiva dos alunos no processo pedagógico. A ludicidade apresenta benefícios para o desenvolvimento da criança, adolescente : a vontade em aprender cresce, seu interesse aumenta, pois desta maneira ela realmente aprende o que lhe está sendo ensinado”.

(Fonte: http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 13 - N° 119 - Abril de 2008).

A Ludicidade é algo extremamente importante, mas infelizmente não conseguimos perceber tal importância em nosso corre-corre diário, seja de professor, aluno, dona de casa, empresário, jovem ou idoso.
A palavra ludicidade tem sua origem na palavra latina "ludus" que quer dizer "jogo". Se achasse confinada a sua origem, o termo lúdico estaria se referindo apenas ao jogo, ao brincar, ao movimento espontâneo, mas passou a ser reconhecido como traço essencialmente psicofisiológico, ou seja, uma necessidade básica da personalidade do corpo e da mente no comportamento humano, as implicações das necessidades lúdicas extrapolaram as demarcações do brincar espontâneo de modo que a definição deixou de ser o simples sinônimo de jogo.
O lúdico faz parte das atividades essenciais da dinâmica humana, trabalhando com a cultura corporal, movimento e expressão (ALMEIDA, 2006).


DEFINIÇÕES DE BRINCADEIRA

1. “No brincar, o ser humano imita, medita, sonha, imagina. Seus desejos e seus medos transformam-se, naquele segundo, em realidade. O brincar descortina um mundo possível e imaginário para os brincantes. O brincar convida a ser eu mesmo”.

2. O brincar traz de volta a alma da nossa criança: no ato de brincar, o ser humano se mostra na sua essência, sem sabê-lo, de forma inconsciente. O brincante troca, socializa, coopera e compete, ganha e perde. Emociona-se, grita, chora, ri, perde a paciência, fica ansioso, aliviado, erra, acerta. Põe em jogo seu corpo inteiro: suas habilidades motoras e de movimento vêm se perceber.

3. “O brincar assim com a arte, a expressão plástica, verbal e musical, é uma das linguagens expressivas do ser humano”.


Os jogos e as brincadeiras estão presentes em todos as fazes da vida dos seres humanos, tornando especial a sua existência, o lúdico acrescenta um ingrediente indispensável no relacionamento entre as pessoas, possibilitando que a criatividade aflore. Sabendo que o jogo é reconhecido como meio de fornecer à criança um ambiente agradável, motivador, planejado e enriquecido, que possibilita a aprendizagem de várias habilidades, trabalhando também o desempenho dentro e fora da sala de aula, enfoco nesta apostila sua importância para a Educação Física (EF) escolar.
Nas crianças, os jogos proporcionam liberação das energias acumuladas que precisam ser gastas, além de contribuir para aspectos importantes da formação da personalidade.
Os jovens e adultos estão afastando-se da prática de atividades físicas por vários motivos, então a inclusão deste tema nas aulas de educação física pode ser utilizado como um momento de resgate deste contato, além de auxiliar na formação de bons cidadãos, além de auxiliar na liberação de energia e stress, com atividades que proporcionam um momento de felicidade.
Os jogos trabalham a coordenação motora, equilíbrio, sociabilização, noção de espaço, força muscular, flexibilidade e principalmente valores como respeito, moral, higiene, saúde.
Muitas vezes o jogo não é aceito como uma ferramenta de ensino dentro da escola. Ele é visto como uma brincadeira que distrai o aluno por alguns minutos, e o dispersa do mundo real.
Os jogos reconquistaram seu espaço dentro da escola de uma maneira mais direcionada, não sendo apenas utilizado como divertimento e passatempo dentro das aulas de Educação física.
Alcançaram as Empresas, desde o momento da contratação do novo funcionário quanto nas atividades para trabalhar a cooperação entre os mesmos, o RH (Recursos Humanos) deve ter a preocupação em desenvolver o Treinamento utilizando metodologia participativa e interativa, tendo como ferramentas fundamentais a música, o lúdico, a vivência, o situacional e o jogo com enfoque no desenvolvimento de competências.
Hoje as palavras COMPETIÇÃO e COOPERAÇÃO são temas constantes em nosso dia-a-dia, então os Jogos são elementos essenciais pois trazem à prova a agilidade, destreza e astúcia de quem o pratica.


B- BREVE HISTÓRIA DOS JOGOS

Desde os mais remotos tempos, quando a espécie humana surgiu no planeta, surgiu junto a
ela uma necessidade vital para seu crescimento intelectual: jogar.
Desde o início dos tempos o ser humano procurou um sistema que lhe desse subsídios para
lidar com o desconhecido, o incomum, o que lhe é velado. Por isso e para isso foram criados os jogos.
Através da história da humanidade foram inúmeros os autores que se interessaram, direta ou indiretamente pela questão do jogo, do brincar e do brinquedo. Aqui seguem algumas informações importantes sobre esse tema tão antigo, mas ao mesmo tempo tão desconhecido.
Escavações arqueológicas encontraram diversos jogos que datam centenas de anos AC, mas a idéia de jogo pode ser relacionada ás primeiras brincadeiras que pais fazem com os bebês, ou mesmo as crianças quando brincam de pega-pega ou esconde-esconde, e tais jogos sempre existiram na humanidade como forma de educar o corpo e a mente para sobrevivência.

Idade Média – o jogo é considerado não sério (associado ao jogo de azar). Serve também para divulgar princípios de moral, ética e conteúdos de disciplinas escolares. Os jogos de cartas cresceram neste período e se popularizando até o presente, onde os jogos eletrônicos dominam o mercado.

Renascimento – compulsão lúdica. O jogo é visto como conduta livre que favorece o desenvolvimento da inteligência e facilita o estudo (foi adotado como instrumento de aprendizagem de conteúdos escolares).



C - DEFINIÇÕES DE JOGOS

1. “Jogos são atividades em que nos exercitamos brincando, distraindo-nos, de maneira alegre e prazerosa, até mesmo sem perceber. Praticados de modo despreocupado pelas pessoas, os jogos permitem um descanso dos centros nervosos, contribuindo para diminuir qualquer tipo de tensão”.

2. “O jogo é necessário na vida humana” – São Tomás de Aquino, 1856.

3. “O jogo é um remédio e um repouso que se dá ao espírito, para relaxá-lo, restabelecer suas forças, junto com as do corpo.” – Nicolas Delamare, século XVIII.

4. “O jogo é uma atividade espontânea oposta à atividade do trabalho, o”. “É uma atividade que dá prazer.” “Caracteriza-se por um comportamento livre de conflito.” – Piaget, 1964.


D – CLASSIFICAÇÃO DOS JOGOS DE ACORDO COM:

1. AS FINALIDADES:

1.1. JOGOS SENSORIAIS
São jogos destinados aos estímulos dos sentidos humanos. O cérebro tem papel fundamental no processo perceptivo dos alunos, pois os sistemas sensoriais se processam nele. Trabalham também os sistemas sensoriais do tato, da audição e da visão. Estes jogos estão sujeitos a alterações conforme o desenvolvimento dos alunos, faixa etária, disponibilidade de materiais entre outros.
Exemplo é telefone sem fio, a cabra-cega, onde o sentido da audição é essencial.

1.2. JOGOS MOTORES
São aqueles que exigem a participação de todo o corpo, mas dependem principalmente dos músculos e coordenação dos movimentos.
Um exemplo são os piques: pega, bandeira, etc.

1.3. JOGOS DE RACIOCÍNIO ou INTELECTUAIS.
Como o próprio nome indica, desenvolvem o raciocínio. Eles dividem-se em:
a) Os que contam exclusivamente com a sorte. Ex.: jogos com dados
b) Aqueles que contam com a perícia e a inteligência do jogador. Ex.: xadrez
c) Aqueles que há um misto dos dois. Ex.: Cartas, Palavras cruzadas
Obs.: Os jogos eletrônicos foram introduzidos no mercado de entretenimento em 1971. O vídeo game tornou-se forte na indústria mundial, revitalizando a indústria do cinema como o modo de entretenimento mais rentável no mundo moderno.

1.4. JOGOS PSÍQUICOS OU DE REPRESENTAÇÃO
Exercícios das capacidades mais elevadas.
São os jogos que promovem o desenvolvimento da capacidade de expressão através da linguagem corporal.É um jogo onde o jogador interpreta um personagem com narrativa criado por ele mesmo. Nesse jogo, utiliza a inteligência , a imaginação, o diálogo para, em colaboração com os demais partícipes, buscar alternativas que procuram encontrar para o objetivo do jogo. O jogo é um trabalho a ser resolvido cooperativamente, e isso é algo que fascina o aluno. A proposta deste jogo é desenvolver a imaginação sem competições, mais resolvendo em conjunto determinadas situações estabelecidas pelo professor.
Exemplos: Jogar sério, conter o riso, brincar de estátua, etc.

1.5. JOGOS AFETIVOS
Desenvolvimento dos sentimentos estáticos ou experiências desagradáveis.
Exemplos: Desenho, escultura, música, etc.


2. O OBJETIVO:

2.1. JOGO RECREATIVO

São jogos que tem por objetivo recrear ou distrair através de atividades de integração que também desenvolvam os conteúdos de formação cognitivas, motoras e de lazer.
Através dos Jogos Recreativos são integradas as necessidade sociais e bio-psico-fisiológicas, proporcionando a sua integração ao meio ambiente e desenvolvendo a sua socialização.
Quando, durante um jogo, as pessoas apenas se divertem.


2.2. JOGO PRÉ-DESPORTIVO

E quando não apenas se divertem, mas também preparam para um desporto.
Alguns jogos pré-desportivos são:

• Queimado: serve de preparação para o Handebol.
• Basquetebol gigante: serve de preparação par o basquetebol, ensinando alguns de seus princípios básicos.
• Peteca: é uma preparação para o voleibol. Praticando este jogo as pessoas tornam seus reflexos mais rápidos, o que é de grande importância nesse desporto.
• Pula-sela: é uma preparação para a Ginástica Olímpica ou Artística. Através deste jogo, os alunos preparam-se para o salto sobre o plinto e mais tarde, os saltos sobre o cavalo sem alças.


3. DE ACORDO COM A MANEIRA DE JOGAR:

Um dos temas palpitantes da prática educacional, hoje em dia, é a dos JOGOS COOPERATIVOS e JOGOS COMPETITIVOS.
Há muito que os jogos estão presentes nas atividades educacionais, mas a maioria dos jogos tradicionais no Ocidente são competitivos.
O aumento da conscientização da necessidade de incentivar e desenvolver o espírito de cooperação, de participação numa comunidade, vem transformando profundamente o estilo de se trabalhar em grupo. A própria capacidade cooperativa é um quesito valorizado na hora de conseguir emprego, porque as pessoas estão descobrindo que não dá para ir muito longe sozinha.
Antigamente, as grandes invenções eram atribuídas a uma pessoa. Foi assim com o telefone, com a lâmpada. Hoje, são as equipes que trabalham em conjunto, e unir-se de maneira eficiente tornou-se muitíssimo importante.
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3.1. JOGOS COOPERATIVOS

COOPERATIVO = “Aquele que coopera, que age ou trabalha junto com o outro para um fim comum, que colabora, contribui ou age conjuntamente para produzir um efeito”.
“O jogo pelo jogo” nem sempre e traz resultados positivos para o processo educativo.
No enfoque dado pelo jogo cooperativo, a vitória pode e deve ser alcançada quando um jogador ajuda o outro a vencer, para que ambos possam vencer juntos. “São atividades de compartilhar, unir pessoas, despertar a coragem para assumir riscos com o fracasso e o sucesso em si mesmos”.
A cooperação deve ser entendida como um VALOR e não como um ATO.
É lembrar que podemos aprender a cooperar, e que temos tempo para isso.
Estes jogos reforçam a confiança em si mesmo e nos outros propiciando a participação autêntica, fazendo com que o ganhar ou perder sejam, apenas, referência para o crescimento pessoal e coletivo, requerem o desenvolvimento de estratégias onde a cooperação é necessária para que um determinado objetivo seja atingido, superando as condições ou regras estabelecidas. Em lugar da competição pessoal, é estimulado o desenvolvimento da ajuda mútua e do trabalhar com os outros para um objetivo comum.

MANIFESTAÇÃO E DESENVOLVIMENTOS ESTIMULADOS PELO JOGO COOPERATIVOS

Plano Físico
• Habilidade dos jogadores
• Movimentação dos Jogos
• Linguagem Corporal
• Energia dos Jogadores
Energia do Local

Plano Emocional
• Sentimentos
• Atitudes
• Padrões de Comportamento
• Relacionamento Interpessoal

Plano Espiritual
• Valores Essenciais
• Metas de Vida
• Questionamentos
• Intuição
• Criatividade
• Consciência Grupal
• Ideais

Plano Mental
• Pensamento
• Raciocínio
• Conhecimento
• Idéias
• Ideologias
• imaginação


O conceito de jogos cooperativos teve início com Terry Orlick, pesquisador Canadense que, a partir de estudos iniciados nos anos 70, desenvolveu o princípio destas atividades físicas cujos elementos primordiais são: a cooperação, a aceitação, o envolvimento e a diversão. Orlick questionou as regras dos jogos tradicionais e adaptou-os para transformá-los em jogos cooperativos. Neles o confronto é eliminado e jogam-se uns COM os outros, ao invés de uns CONTRA outros. A comunicação e a criatividade são estimuladas para se alcançar um objetivo comum. Como ninguém é desclassificado, todos os participantes podem retirar total satisfação do jogo, porque ninguém corre o risco de se sentir inferiorizado perante o grupo. A satisfação pessoal advém não do fato de ganhar dos outros, mas do melhorar progressivo das suas capacidades individuais, que são usadas para atingir um objetivo grupal.
A idéia difundiu-se e hoje diversos autores desenvolvem jogos cooperativos aplicados à educação, administração de empresas e serviços comunitários. No Brasil, Fábio Otuzi Brotto, autor do livro "Jogos Cooperativos" (Ed. Projeto Cooperação), é um dos precursores desse novo enfoque que visa, segundo ele, harmonizar o desenvolvimento da habilidade física com o desenvolvimento das potencialidades pessoais e coletivas dos alunos.
Através de jogos cooperativos torna-se mais fácil criar um bom espírito de grupo, de elementos ligados por laços solidários e afetivos.
Nos jogos cooperativos existe cooperação, que significa agir em conjunto para superar um desafio ou alcançar uma meta, enquanto que nos jogos competitivos, cada pessoa ou time tenta atingir um objetivo melhor do que o outro. Ex.: marcar gols, cumprir um percurso em menor tempo, etc.
As atividades que privilegiam os aspectos cooperativos são importantes por contribuírem para o desenvolvimento do sentido de pertencer a um grupo, para a formação de pessoas conscientes de sua responsabilidade social, pois trabalham respeito, fraternidade e solidariedade de forma lúdica e altamente compensatória, levando a perceber a interdependência entre todas as criaturas. Nelas, ninguém perde ninguém é isolado ou rejeitado porque falhou. Quando há cooperação todos ganham, baseados num sistema de ajuda mútua.
Antes de começar uma sessão de jogos cooperativos convém que as pessoas se conheçam mutuamente para criar um ambiente mais familiar. Os jogos de apresentação podem constituir um bom instrumento para criar esse ambiente favorável.
No final dos jogos cooperativos deve haver um espaço para todos dialogarem sobre a experiência, fazendo o confronto entre estratégias competitivas e cooperativas. O que se ganha e o que se perde em cada uma delas?

3.2. JOGOS COMPETITIVOS

Os jogos competitivos, por sua vez, também têm seu papel educacional, quando nos ensinam a lidar com a competitividade existente dentro de nós.
Compreender a competição e as emoções relacionadas a ela num ambiente assistido, no espaço da aprendizagem, é uma oportunidade para que as crianças passem a lidar com a realidade do mundo competitivo de maneira mais serena e equilibrada. Afinal, a competição pode gerar diversos conflitos e emoções desagradáveis. Pode levar à comparação, frustração, ao sentimento de vitória ou de derrota, à exclusão, e as situações de aula, quando bem encaminhadas, podem contribuir para ajustar a percepção destes momentos à sua verdadeira dimensão íntima, visando o equilíbrio.
No ambiente competitivo bem administrado também estão presentes a necessidade do respeito, a superação de limites e a amizade.
O quadro abaixo nos dá uma idéia das principais características dos dois tipos de jogos.

JOGOS COOPERATIVOS

Visão de que “tem para todos”
Objetivos Comuns
Ganhar COM o Outro
Jogar COM
Descontração
A vitória é COMPARTILHADA

JOGOS COMPETITIVOS

Visão de que “só tem para uns”
Objetivos exclusivos
Ganhar DO outro
Jogar CONTRA
Tensão
A vitória é SOMENTE PARA ALGUNS

(Fonte:http://www.edicoesgil.com.br/educador/jogoscoop.html)

Jogos Populares

São aqueles conhecidos como jogos de rua, onde seus participantes podem ser alternados, decididos pelos próprios jogadores, com flexibilidade nas regras, e sem exigir recursos mais sofisticados pois sua origem estar na cultura popular. O jogo popular é uma riqueza cultural grande que precisa ser conhecida e preservada. A cultura é vida e, compete-nos a todos mantê-la viva. Os jogos, como elemento da nossa cultura, têm de manterem-se vivos também e de fazer parte do nosso quotidiano, com um calendário próprio e adequado ao seu caráter e ao nosso quotidiano moderno.
Os jogos populares contribuem para o desenvolvimento da criança de várias formas, como na socialização, no resgate da cultura , e na inclusão e no incentivo às manifestações folclóricas que fazem que a criança aprenda mais sobre o saber popular a sua cultura nas escolas incentivam cada vez mais a educação e a cultura, que são os pilares que constituem o ponto de partida para a formação do individuo.

http://www.artigonal.com/educacao-infantil-artigos/os-jogos-nas-aulas-de-educacao-fisica-2183696.html


Estes tipos de jogos variam de região para região e possui um significado de natureza mágico-religiosa. É normalmente praticado em épocas bem determinadas, contribuindo de modo saudável para a ocupação das horas livres.
Os jogos tradicionais são praticados à séculos e são transmitidos oralmente de geração para geração. Conforme cada região, as diferentes gerações adaptam-os à sua maneira de ser e de viver. Desta forma se explicam as variantes de um mesmo jogo.
Os jogos tradicionais são criados pelos seus praticantes a partir do repertório dos mais velhos e adaptados às características do local. Estes tipo de jogos apresentam as seguintes características:

* Cultura - Fazem parte dos conhecimentos adquiridos de geração para geração e estão relacionados com o Folclore, o teatro, as lendas, as adivinhas, os costumes, etc.

* Movimento - As suas diferentes formas de exteriorização promovem um grande contacto com os mais variados tipos de movimento: o salto, o lançamento, a corrida, etc.

* Competição Saudável - O mais importante é o convívio simples e salutar entre as pessoas ou grupos, próximas ou distantes.

* Festa - É um momento de descontração, de pausa na labuta diária.

Em função dos conteúdos, os jogos tradicionais são divididos nas seguintes categorias:
• de jogos de interior,
• jogos de pátio e
• jogos de rua e campo.
• Por fim, refere ainda os jogos hípicos, que serão "uma recordação dos torneios que se praticavam num passado já distante".
Fonte: http://www.prof2000.pt/users/aif/3oQueSaoJogosTradicionais.htm


CONCLUSÃO

Um número cada vez maior de pessoas possa conhecer uma outra forma primeiro de jogar e depois de viver. Quanto mais jogar, tenho certeza de que ficará seduzido pela proposta dos Jogos Cooperativos, e levará essa idéia para todos os lugares, multiplicando felicidade. Lembrando também que felicidade não dá para curtir sozinho, pois só é real quando compartilhada com o maior número de pessoas possível. O objetivo maior é fazer com que as pessoas joguem e percebam como são muito mais felizes quando jogam juntas, e não contra umas das outras, e também como perdemos tempo enxergando o outro como temível adversário e inimigo. A Educação Física é, na sua essência, interdisciplinar, pode-se aproveitar o interesse das crianças por atividades físicas, já que estão na fase em que enxergam o mundo através do corpo para apresentar temas que elas ainda não conhecem. Durante os jogos, podemos ensinar e aprender noções de escrita e matemática, e partir do que a criança já conhece é sempre o melhor ponto de partida, pois, a partir daí podemos ir criando desequilíbrios, ou seja, ir gerando novos objetivos a serem alcançados, fazendo com que ela aprenda cada vez mais. As atividades físicas exercitam as habilidades necessárias para a criança atingir o estágio de prontidão, pois é a partir daí que alcançam o desenvolvimento motor necessário para a leitura e escrita. Através de jogos e demais atividades corporais, estimulamos as habilidades físicas e mentais imprescindíveis para a criança aprender a ler, escrever e entrar em contato com noções matemáticas. Os jogos são extremamente simples não necessitando de materiais caros, espaços especiais e muito menos de muita especialização na área de Educação Física, basta à pessoa se interessar e já poderá sair jogando e focalizando novos jogos.

APOSTILA TEMA GINÁSTICA (Parte 1)

A - História da GINÁSTICA

O Homem primitivo, que vivia em íntimo contato com a natureza, organizado em pequenas tribos ou mesmo em clãs, realizava exercícios físicos naturalmente ao desempenhar as tarefas que lhe garantiam a sobrevivência.
Quando o homem passou a viver em cidades, com o progresso, começou a ficar mais parado, sem movimentar-se muito. Para compensar esta falta de movimento, esta falta de exercícios naturais, foi criada a GINÁSTICA.
A ginástica, uma das formas mais importantes de se praticar a Educação Física, é composta de exercícios construídos que se completam para permitir um perfeito desenvolvimento do corpo e oferece a vantagem de poder ser feita num pequeno espaço, como, por exemplo, a sala de sua casa.

A história da ginástica confunde-se com a história da humanidade.
A palavra ginástica diz-se vir do grego “Gymnastiké”, arte de fortificar o corpo e dar-lhe agilidade, ou “Gimnos”, que significa nu.

Na Pré-História, o homem já praticava exercícios físicos. Para o homem pré-histórico a atividade física tinha papel relevante para sua sobrevivência, expressa principalmente na necessidade vital de atacar e defender-se. O exercício físico de caráter utilitário e sistematizado de forma rudimentar era transmitido através das gerações e fazia parte dos jogos, rituais e festividades.

Na Grécia nasceu o ideal da beleza humana, o qual pode ser observado nas obras de arte espalhadas pelos museus em todo o mundo, onde a prática do exercício físico era altamente valorizada como educação corporal em Atenas e como preparação para a guerra em Esparta.

Em Roma, o exercício físico tinha como objetivo principal a preparação militar e num segundo plano a prática de atividades desportivas.

Com o início da civilização, a ginástica foi se transformando em atividade esportiva e em método de condicionamento físico - como na Idade Média, durante as Cruzadas durante os séculos XI, XII e XIII, quando se tornou a base da preparação militar dos soldados.

Apenas na Idade Moderna foi reconhecida como agente de educação, considerada simbolicamente a partir de 1453, quando da tomada de Constantinopla pelos turcos,, tendo início, aí, as pesquisas e sistematização da Educação Física. Sua prática como terapia para correção de posturas e como condicionamento físico só surgiu no início do século XX.

Aqui no Brasil, demorou alguns anos para que clubes e academias oferecessem a prática da ginástica como condicionamento físico, através de modalidades que são aplicadas até hoje, como: ginástica aeróbica, step, ginástica localizada, body pump, alongamento, circuito, ginástica com aparelhos (musculação), entre outras. Todas elas apresentam objetivos gerais de melhoria da condição física e saúde, através dos mais diversos exercícios, e objetivos específicos, variando de acordo com a modalidade, que enfocam a resistência e força muscular, melhoria cardiovascular, postura, equilíbrio e integração social.de sistematização da Ginástica.


B - DEFINIÇÕES

Até 1800 as formas comuns de exercício físico eram os jogos populares, as Danças folclóricas e regionais e o Atletismo.
A denominação Ginástica inicialmente era utilizada como referência a todo tipo de atividade física sistematizada, cujos conteúdos variavam desde as atividades necessárias à sobrevivência, aos jogos, ao atletismo, às lutas, à preparação de soldados.
A origem da Atual Ginástica adquiriu uma conotação mais ligada à pratica de exercício físico no início do século XIX, quando surgiram quatro grandes escolas:

• Inglesa – mais relacionada aos jogos, atividades atléticas e ao esporte.
• Alemã,
• Sueca,
• Francesa,
Sendo estas três últimas as que tiveram maior penetração no Brasil.
A partir desta época, a Ginástica passou a desempenhar importantes funções na sociedade industrial, apresentando-se como capaz de corrigir os Vícios Posturais oriundos das atitudes adotadas no trabalho, demonstrando assim, as suas vinculações com a medicina e, desse modo conquistando status.
A definição científica diz-nos que:

“A ginástica é a exercitação metódica dos órgãos no seu conjunto (relacionada ao movimento e a atitude), por intermédio de exercícios corporais, de forma precisamente determinada, e ordenados sistematicamente, de modo a solicitar não só todas as partes do corpo, como as grandes funções orgânicas vitais e sistemas anatômicos (respiratório, cárdio-circulatório, nutrição, o nervoso, órgãos de secreção interna, etc.).

Outras definições:

“Arte ou ato de exercitar o corpo para fortificá-lo e dar-lhe agilidade”.

“O conjunto de exercícios corporais, sistematizados para este fim, realizados no solo, sem ou com o auxílio de aparelhos, e aplicados com objetivos educativos, competitivos, terapêuticos, etc.’’.

“Uma forma ou modalidade de educação Física, isto é, uma maneira de formar fisicamente o corpo humano”.

Todo movimento ginástico, assim como os movimentos característicos dos esportes, evoluíram dos movimentos naturais do ser humano ou das habilidades específicas, que são aquelas que se caracterizam por estar presentes em todos os seres humanos, independentes de seu lugar geográfico e nível sócio-cultural e que servem de base para aquisição de habilidades culturalmente determinadas, passando a ser considerados como movimentos construídos (exercícios) ou habilidades culturalmente determinadas.

Uma das principais características da Ginástica é a possibilidade de utilização de uma enorme variedade de aparelhos, entre eles:

• Os de grande porte: trave de equilíbrio,cavalo com alças,argola.
• Os de Sobrecarga: Halteres, bicicletas ergométricas, os aparelhos de musculação.
• Aparelhos portáteis: corda, bola, arco, massas, fita.
• Aparelhos adaptados ou Alternativos - provenientes da natureza ou da fabricação humana: garrafas com água ou areia,



C - O Conteúdo da Ginástica

Todo movimento ginástico, assim como os movimentos característicos dos esportes, evoluíram dos movimentos naturais do ser humano, ou habilidades específicas do ser humano que, segundo Pérez Gallardo (1993), “são aquelas que se caracterizam por estar presentes em todos os seres humanos, independentes de seu lugar geográfico e nível sócio-cultural e que servem de base para aquisição de habilidades culturalmente determinadas..."
Estes movimentos naturais ou habilidades específicas do ser humano, quando analisados e transformados, visando o aprimoramento da performance do movimento, entendida aqui de acordo com vários objetivos como: economia de energia, melhoria do resultado, prevenção de lesões, beleza do movimento entre outros, passam a ser considerados como movimentos construídos (exercícios) ou habilidades culturalmente determinadas. Por exemplo, um movimento próprio do homem como o saltar, foi sendo estudado, transformado e aperfeiçoado através dos tempos, para alcançar os objetivos de cada um dos esportes onde ele aparece: salto em altura, em distância e triplo no atletismo, cortada e bloqueio no voleibol, salto sobre o cavalo na Ginástica Artística, salto “jeté” na Ginástica Rítmica Desportiva entre outros.